quinta-feira, 7 de setembro de 2017
"Um grande amigo, companheiro dos forrós de São Paulo nos anos 50! Olha Luiz, se cada um puxa o fole de um determinado jeito, quem é este que você vai ouvir agora? e Luiz Gonzaga reconhece Pedro Sertanejo pelo som da sanfona daquele que impulsionou o forró no Sudeste! Este é o tamanho da personagem de Pedro Sertanejo na cultura de raiz.
domingo, 25 de junho de 2017
Alienigenização de quem é nativo na própria Cultura!
O forró é complexo na sua simplicidade!
Uma sanfona, um triângulo e uma zabumba bastam para o ritmo empolgante que faz nosso sangue se agitar.
Hoje precisam de teclados, guitarras, baterias, sopros, cordas, e corais para fazer uma espécie de música disforme da qual não sabemos se é brega, se é pop, se sertanejo, se é samba-choro-canção, etc.
Enquanto isso a tradição é apagada em nome de ritmos impostos pela "inteligência" do mercado e da mídia, bem como de interesses outros.
Os sanfoneiros e seus trios de forró de raiz, nestas festas modernas, são condenados à espaços "alternativos", num processo de alienigenização de quem é nativo na própria Cultura.
Os "conjuntos" que se arvoram ao "forró" surgem como representantes de um ecletismo non sense que alimenta uma necessidade ditada pelo que a mídia escolheu e impõe como o produto Cultural representativo da tradição nordestina.
De tanto tocar no Rádio, de ter visibilidade na TV, de ter acessibilidade nos CDs piratas e agora disponibilidade em mp3, achamos que isso é que nos completa.
As letras são as mesmas: um amor não correspondido, regado à traição que desemboca em separação e vingança, isso é tudo no enredo. Na música o mesmo ritmo batido sem evolução, padronizado, com refrão previsível; a voz sempre rasgada, melancólica, ressentida, padronizada como todo o resto.
O mestre Dominguinhos mostrou as nuances da cultura nordestina do forró em seus diversos ritmos, sem prescindir de outros instrumentos que não a sanfona, o triangulo e a zabumba, com vaga pra rabeca, quando em vez.
(Inamar Coelho)
sábado, 10 de junho de 2017
Conhecer é preciso!
Estamos no mês dedicado à tradição nordestina e se faz importante conhecer nossas raízes, para não naufragarmos na alienação! Um euclidense, tão importante quanto negligenciado, teve papel crucial na disseminação do forró de raiz, o autêntico forró-pé-de-serra, instrumental, elaborado, feito pelos artistas virtuosos. Um virtuoso é o termo latino utilizado para referir-se ao indivíduo que possui uma habilidade fora do comum quando utilizando um instrumento musical e consegue combiná-la com habilidades na técnica e na teoria musical, assim foi Pedro Sertanejo, autodidata, afinador de acordeon, exímio instrumentista, mais de 500 músicas gravadas, radialista, idealizador da primeira gravadora independente de forró no país, pais de Osvaldinho do Acordeon, impulsionador de Dominguinhos, criador da maior casa de forró autêntico do país, por tudo isso o disseminador da cultura nordestina no sudeste! o rei do forró! conheça um pouco do nosso conterrâneo, pioneiro da nossa maior riqueza:
https://www.youtube.com/watch?v=SoLTNwCfP2g
Em 1996 o mesmo recebeu homenagem espontânea do povo de Monte Santo, enquanto no Cumbe pairou e paira desconhecido, negligenciado.
segunda-feira, 3 de abril de 2017
Abril, 90 anos de Pedro Sertanejo!
26 de abril de 1927 nascia Pedro Sertanejo!
Faria 90 anos se vivo, em 26 de abril de 2017, o ilustre euclidense, o brasileiro mais importante pela divulgação do Forró-Pé-de-Serra no Sudeste.
Conheça a arte do nosso gênio do forró!
https://www.youtube.com/watch?v=UxopXmXP0gI
Faria 90 anos se vivo, em 26 de abril de 2017, o ilustre euclidense, o brasileiro mais importante pela divulgação do Forró-Pé-de-Serra no Sudeste.
Conheça a arte do nosso gênio do forró!
https://www.youtube.com/watch?v=UxopXmXP0gI
sábado, 14 de janeiro de 2017
Projeto aberto - Casa de Forró Pedro Sertanejo
PROJETO ABERTO – CASA DE FORRÓ PEDRO
SERTANEJO: EUCLIDES DA CUNHA NO CENÁRIO DO FORRÓ NORDESTINO
TEMA:
Casa de Forró Pedro Sertanejo: Euclides da Cunha
no cenário do forró nordestino.
IMPULSO:
Qual a importância de Pedro Sertanejo no cenário
do forró nordestino e o que Euclides da Cunha pode fazer para o seu
reconhecimento e manutenção da sua cultura?
Em maio de 2016, rascunhei projeto de homenagem à
Pedro Sertanejo e o apresentei à Gestora Municipal da época juntamente à
Diretora de Cultura e o Diretor de Eventos, o que resultou na Homenagem
realizada nos festejos juninos do ano de 2016. O palco do Forródromo Municipal
foi decorado, a abertura do espaço recebeu um banner gigante com o tema Pedro
Sertanejo, foram fixados 7 banners de 0,80 x 2,00m com fotos e partes da
história de vida de Pedro Sertanejo e também foi exposto um painel com grafitti
feito por grafiteiro de Juazeiro, Euri Mania, com imagem de Pedro Sertanejo na entrada do
forró. Oswaldinho do Acordeon, filho de Pedro Sertanejo, foi homenageado ao
vivo no Palco, recebendo uma sanfona entalhada em Umburana por artesão de Uauá,
e tocaram para o povo, Oswaldinho do Acordeon e ainda o Trio Sabiá sob o
comando do Irmão caçula de Pedro Sertanejo, o Tio Joca.
JUSTIFICATIVA:
A Casa de Forró Pedro Sertanejo foi o palco para
grandes artistas nacionais nos anos 60 a 80, foi o palco para a disseminação do
forró-pé-de-serra e também o melhor espaço de convivência dos nordestinos que
ali matavam a saudade de casa revivendo a cultura através do forró.
Uma cidade deve valorizar seu patrimônio
histórico e cultural para que as gerações futuras desenvolvam um sentimento de
pertencimento e de respeito às suas origens.
Pedro Sertanejo, euclidense, filho do sanfoneiro
Aureliano, nascido em 1927 e falecido em 03/01/1997, pai de Oswaldinho do
Acordeon, foi o divulgador e disseminador do forró nordestino em São Paulo nos
anos 60, 70 e 80, tendo gravado seu primeiro disco em 1955.
Jurema Mascarenhas Paes na tese de Doutorado,
“São Paulo em Noite de Festa” (2009) descreve a Casa de Forro de Pedro
Sertanejo como o “ponto de encontro, espaço de lazer, de troca de saberes e
sabores”, elucida que:
O Forró do Pedro teve seu
período de ápice a partir da década de 1970, estendendo-se aos anos 80. Em
1970, o forró foi muito frequentado por artistas dessa geração, que iam até lá
para assistir a Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga e muitos outros. Outro
aspecto importante foi que o local atraiu a atenção de Tvs internacionais,
deslocando o território do forró para novas geografias. (Paes, 2009, p.170)
Como era no forro de Pedro Sertanejo, a Casa de
Forro em Euclides da Cunha será um espaço de sociabilidade e interação de
diversas culturas e gerações, pois na era atual o forró coexiste com as
diversas expressões culturais como o rock, o pop, o reggae e a Casa Pedro
Sertanejo certamente será o palco perfeito para tal interação.
Jurema Paes (2009) revela ainda que:
O Forró do Pedro e a sua
gravadora deram suporte a muitos artistas que estavam iniciando ou dando
continuidade às suas carreiras. Ele criou uma rede social de troca de saberes e
poderes em que estavam conglomerados o forró, a gravadora, os programas de
rádio por ele apresentados e a sua atuação como artista e diretor artístico de
inúmeros discos. Foi uma trajetória de mais de 22 anos de permanência do forró
pé-de-serra, registrada em centenas de discos autorais e de artistas que
gravaram pela Cantagalo. (Paes, 2009, p.227)
Pedro Sertanejo foi músico profissional de forró
pé-de-serra, foi radialista em São Paulo, foi o idealizador de uma das maiores
casas de espetáculo da arte nordestina no sudeste, foi o criador da primeira
gravadora independente do Brasil a gravar artistas de forró, Lanço Domingos do
Acordeom, alavancou as carreiras de Jackson do Pandeiro e Ary Lobo, pai de
Oswaldinho do Acordeom, artista de fama internacional, enfim, o euclidense Pedro Sertanejo foi um dos maiores
incentivadores e empresários do forró, radicado em São Paulo, onde construiu os
pilares de sustentação para a música nordestina no sudeste, e por
isso e por muito mais precisa ser revitalizada a sua memória principalmente na
sua cidade natal.
PEQUENO HISTÓRICO:
Pedro de Almeida e Silva, artisticamente
conhecido como Pedro Sertanejo, nasceu em Euclides da Cunha, Bahia, em 27 de
abril de 1927. Seu pai se chamava Aureliano e era tocador e afinador de sanfona
pé-de-bode. Foi com ele que Pedro Sertanejo aprendeu o ofício de afinar e tocar
o instrumento. Em 1946, Pedro, aos vinte anos de idade, migrou para São Paulo,
chegando à cidade de caminhão, depois de 51 dias de viagem. Nessa cidade foi
guarda civil e montaneiro de bonde. Para inserir-se no mercado da música, fez um
longo percurso: primeiro, veio para São Paulo, em 1947; depois, seguiu em
direção ao Rio de Janeiro, já ao lado de sua esposa, dona Noêmia, uma alagoana
de Palmeira Divina. Para sobreviver, exerceu muitas funções no campo da música
e em outras áreas.
Nivaldo Gomes da Cunha, o Castanheiro, foi músico
de Pedro Sertanejo por mais de 20 anos, fala sobre o amigo e patrão em
entrevista disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=VNbxthjiEjQ:
Pedro Sertanejo foi o Pioneiro do Forró em São
Paulo. Foi ele quem descobriu a receita de colocar o povão para dançar e por
isso investiu pesado na Sanfona de 8 Baixos; esse tipo de Sanfona é própria
para solos e por isso é a ideal para se dançar; portanto não se pode falar em
Sanfonas de 8 Baixos sem lembrar o nome de quem alavancou o sucesso deste
instrumento no Sudeste Brasileiro. (Nivaldo
Gomes da Cunha (Castanheiro) Músico de Pedro Sertanejo por mais de 20 anos.)
Oswaldino do Acordeon, filho de Pedro Sertanejo,
em 20/07/2004, em entrevista concedida à Jurema Mascarenhas Paes (2009) resume:
Pedro Sertanejo (...) foi um
exemplo de músico baiano, especialista em tocar e compor forrós em concertina,
conhecida também como sanfona pé-de-bode. Pedro também consertava e afinava
sanfona e foi responsável pela implantação da primeira casa de forró que levava
seu nome, “Forró do Pedro Sertanejo”, situado à Rua Catumbi, Belenzinho, São
Paulo, na década de 60 do século passado. (Oswaldinho do Acordeon, apud Paes
2009, disponível em: https://sapientia.pucsp.br/handle/handle/13134)
No canal “Fole de
8 baixo” do You Tube, feito para divulgação da cultura da sanfona de 8 baixos e
do forró-pe-de-serra, o organizador do canal em resposta a um seguidor elucida
nos comentários que:
Atualmente
o Téo dos 8 Baixos está dando continuidade ao trabalho do Pedro Sertanejo no
Forró do Belém que se localiza na Rua Herval Nº 11 próximo a estação Belém do
Metrô em São Paulo, bem próximo ao antigo Forró do Pedro Sertanejo. O Teo dos 8
Baixos apresenta no Forró do Belém grandes forrozeiros conhecidos como Tiziu do
Araripe, Carneiro do Acordeon, Zé Henrique dos 8 Baixos, Lene dos 8 Baixos
entre outros. Leo Rugero, Cineasta e Sanfoneiro de 8 Baixos e criador do Filme
"Com Respeito aos 8 Baixos", veio a São Paulo para conhecer o Teo dos
8 Baixos e o Forró do Belém. (Fole de 8 baixo, disponível em:
https://www.youtube.com/channel/UCkLRCGzS0FDjMHTKmwSP5qQ)
Do pouco que se sabe da vida de Pedro Sertanejo,
é destaque a página “Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira": http://www.dicionariompb.com.br/pedro-sertanejo,
conforme texto abaixo:
BIOGRAFIA:
Nascido
no sertão da Bahia, seguiu para a região sudeste a fim de tentar a carreira
artística Em 1946 mudou para São Paulo. Seu pai Aureliano foi um grande mestre
sanfoneiro na cidade de Euclides da Cunha, próxima da região de Canudos, Bahia.
Pedro Sertanejo é pai de Oswaldinho do Acordeom. .
DADOS ARTÍSTICOS:
Em 1956 realizou a primeira gravação, acompanhado de seu conjunto,
pela Copacabana, interpretando o xote "Roseira do Norte" de sua
autoria e Zé Gonzaga e a polca "Zé Passinho na festa" de sua autoria.
Em 1958, já na Todamérica, gravou de sua autoria, o baião "Balaio do
norte" e o forró "Forró brejeiro", tocando acordeom. Em 1959
gravou a polca "Euclides da Cunha", de sua autoria, em referência ao
nome de sua cidade natal, e a rancheira "Caipirinha" de Nadim de
Correia Marques.
Em 1960 gravou, de sua autoria, o forró "Forró de Aracaju"
e o baião "Rancho Velho". Em 1961 foi contratado pela gravadora
Continental, que relançou no mesmo ano vários de seus antigos sucessos gravados
principalmente na Todamérica, entre os quais a polca "Festa na
fazenda" e o xote "Arco-verde", de sua autoria. Ainda no mesmo
ano lançou a polca "Bela vista", dele e Pedrinho, e o forró
"Forró pernambucano", dele e Bernardo Lima.
Em 1962 passou a gravar na gravadora Caboclo, onde lançou com seu
conjunto o forró "Forró alagoano" de sua autoria, o baião
"Azulão", dele e Milton Cristofani, e a quadrilha "Festa de São
João", de Sertãozinho e Milton Cristofani, entre outras composições. Em
1963 gravou de sua autoria o forró "Sete punhá" e o chamego
"Chuliado da vovó", de Milton José.
Em 1964 fundou o selo Cantagalo, dirigindo a gravadora por toda a
década de 1960. Nesse período, convidou Dominguinho, então iniciante, a gravar
LP destinado ao público migrante nordestino.
Nos anos 1970 gravou diversos LPs pela gravadora Continental, entre
os quais "Forró brejeiro", "Visite o Nordeste" e
"Sanfoneiro do Norte", sempre cultuando a música de raiz nordestina,
especialmente o forró. Apontado por muitos como o iniciador da cultura do forró
em São Paulo, ao longo de sua carreira, já lançou mais de 40 discos e compôs
cerca de 700 músicas. Criou o Salão Pedro Sertanejo em São Paulo, para a
apresentação de show de forró.
OBRAS:
Arco-verde
Azulão (c/
Milton Cristofani)
Balaio do
norte
Bela vista
(c/ Pedrinho)
Boa esperança
Campo formoso
Coqueiro seco
Coração do
norte
Diabo no
forró (c/ Alcina Maria)
Euclides da
Cunha
Festa em
Geremoabo
Festa na
fazenda
Forró alagoano
Forró brejeiro
Forró de
Aracaju
Forró
nordestino
Forró
pernambucano (c/ Bernardo Lima)
Ladeira do
sabão
O rei do
sertão (c/ Milton Quintino)
Quadrilha do
norte
Rancho velho
Roseira do
norte (c/ Zé Gonzaga)
Saudade de
Jacobina (c/ Alcina Maria)
Sete punhá
Zé Passinho
na festa
DISCOGRAFIA
([S/D]) Forró
brejeiro • Continental
([S/D]) Forró
de luna • Musicolor • LP
([S/D]) Forró
na Casa Grande • Musicolor • LP
([S/D]) Meu
sabiá • Musicolor • LP
([S/D]) Na
onda do forró • Tropicana • LP
([S/D]) Rato
molhado • Musicolor • LP
([S/D])
Sanfoneiro do norte • LP
([S/D])
Sertão brasileiro • Continental • LP
([S/D])
Visite o nordeste • Continental • LP
(S/D) Forró
Pernambucano - Cantagalo - LP
(1997) Adeus
Jacobina - RB Music - CD
(1983)
Homenagem Aos Conterrâneos - Sertanejo/Chantecler - LP
(1982) Forró
Na Capital - Sertanejo/Chantecler - LP
(1979) Forró
Da Gafieira - Musicolor/Continental - LP
(1978) Forró
De Luna - Musicolor/Continental - LP
(1978) Forró
Na Casa Grande - Musicolor/Continental - LP
(1977) Meu
Sabiá - Musicolor/Continental - LP
(1975) Forró
Brejeiro - Musicolor/Continental - LP
(1974) Sertão
Brasileiro - Musicolor/Continental - LP
(1973) Visite
O Nordeste - Musicolor/Continental - LP
(1973)
Sanfoneiro Do Norte - Musicolor/Continental - LP
(1972) Na
Onda Do Forró - Tropicana/CBS - LP
(1970)
Coração Do Norte - Musicolor/Continental - LP
(1970) Pedro
Sertanejo - Musicolor/Continental - LP
(1967) Rato
Molhado - Musicolor/Continental - LP
(1967) Chapéu
De Couro - Musicolor/Continental - LP
(1966)
Saudade De Itapoã - Continental - LP
(1963) Sete
punhá/Chuliado da vovó • Continental • 78
(1963)
Roseira do Norte/Zé Passinho na festa • Sabiá • 78
(1963) Festa
em Geremoabo/Coqueiro seco • Sabiá • 78
(1962) Forró
alagoano/Azulão • Caboclo • 78
(1962)
Sanfoneiro do Norte/Limeirinha • Caboclo • 78
(1962) Festa
de São João/Coração do norte • Caboclo • 78
(1961) Festa
na fazenda/Arco-verde • Continental • 78
(1961) Diabo
no forró/Saudade de Jacobina • Continental • 78
(1961) Boa
Esperança/Ladeira do sabão • Continental • 78
(1961) Balaio
do norte/Forró brejeiro • Continental • 78
(1961) Forró
nordestino/Euclides da Cunha • Continental • 78
(1961) Campo
formoso/Caipirinha • Continental • 78
(1961) O rei do
sertão/Quadrilha do norte • Continental • 78
(1961) Bela
vista/Forró pernambucano • Continental • 78
(1961) Balão,
Quadrilha E Quentão - Continental - LP
(1960) Rancho
velho/Forró de Aracajú • Todamérica • 78
(1960) Festa
na fazenda/Arco-verde • Todamérica • 78
(1959) Forró
nordestino/Euclides da Cunha • Todamérica • 78
(1959) Campo
formoso/Caipirinha • Todamérica • 78
(1959) Diabo
no forró/Saudade de Jacobina • Todamérica • 78
(1959) Boa
Esperança/Ladeira do sabão • Todamérica • 78
(1958) Balaio
do norte/Forró brejeiro • Todamérica • 78
(1958) O rei
do sertão/Quadrilha do norte • Todamérica • 78
(1956)
Roseira do Norte/Zé Passinho na festa • Copacabana • 78
(1956) Festa
em Geremoabo/Coqueiro seco • Copacabana • 78
Disponível em: http://www.dicionariompb.com.br/pedro-sertanejo Acesso
em Ago 2015
Na página da Wikipédia consta apenas umas poucas
linhas sobre Pedro Sertanejo, e boa parte do texto foi retirado da página Cravo
albin:
Pedro
Sertanejo (Euclides da Cunha, 26 de abril de 1927 — 3
de janeiro de 1997) foi um músico brasileiro, o pioneiro do forró em São
Paulo. Era sanfoneiro, compositor, radialista e fundador do
primeiro selo independente, a Gravadora Cantagalo. Em 1956 realizou a primeira
gravação, acompanhado de seu conjunto, pela Copacabana, interpretando o xote
"Roseira do Norte" de sua autoria e Zé Gonzaga e a polca "Zé
Passinho na festa" de sua autoria. Em 1958, já na Todamérica, gravou de
sua autoria, o baião "Balaio do norte" e o forró "Forró
brejeiro", tocando acordeom. Em 1959 gravou a polca "Euclides da
Cunha", de sua autoria, em referência ao nome de sua cidade natal, e a
rancheira "Caipirinha" de Nadim de Correia Marques. Em 1964 fundou o
selo Cantagalo, dirigindo a gravadora por toda a década de 1960. Nesse período,
convidou Dominguinhos, então iniciante, a gravar LP destinado ao público
migrante nordestino.
O seu salão de
forró, situado na Rua Catumbi no bairro do Belenzinho, foi o ponto de
encontro de vários nordestinos em São Paulo. As atrações eram Luiz Gonzaga, Jackson
do Pandeiro, Zé Gonzaga, Marinês e Dominguinhos, entre
outros. Casado com Noemia Lima e Silva, tiveram seis filhos: Arecessone,
Oswaldo (Osvaldinho do Acordeon), Aristoteles, Juracy, Maisa e Cecila. (Disponível
em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Sertanejo Acesso em ago 2015.)
Na página http://www.forroemvinil.com/ o
DJ Ivan, em 2013, postou o seguinte sobre o disco de 1971, “União dos Palmares”:
“Lembrar de
Pedro Sertanejo é rememorar a própria história dos forrós enquanto espaços de
sociabilidade e divertimento do nordestino emigrado. O “Forró do Pedro” e a
gravadora “Tropicana” são dois baluartes representativos da dedicação de Pedro
Sertanejo na rede social do forró entre as décadas de 1960 e 1980.
Porém,
paralelo a isso, não devemos esquecer de sua contribuição significativa ao
percurso da sanfona de oito baixos. Filho de Aureliano e pai de Oswaldinho do
Acordeon, Pedro Sertanejo está no núcleo dos ‘clãs musicais’ que identificam as
linhas mestras da sanfona de oito baixos na região Nordeste. Com o êxito de
“Roseira do Norte”, um aceleradíssimo xote, em parceria com Zé Gonzaga,
consolidou sua reputação de sanfoneiro em meados da década de 1950.
‘União dos
Palmares’, editado através do selo Musicolor em 1971, é uma importante
contribuição na discografia de música instrumental para sanfona de oito baixos.
Neste disco, se reflete uma mistura do forró instrumental com elementos
da música ítalo-caipira paulista, o que fica evidenciado pela presença de uma
viola em algumas faixas. Aliás, esta preocupação norteava o trabalho de Pedro
durante a década de 1970, o que se reforça pela presença e em alguns de seus
discos desta época, da dupla caipira Mestiça & Zulmara, com o belo dueto em
terças paralelas, tão característico, e a inclusão de temas que evocassem o
reisado, a folia de reis, etc…
Mas ‘União dos
Palmares’ não é apenas isso. É também mais uma mostra do estilo peculiar deste
músico, que nesta gravação utiliza uma Todeschini 24 baixos com três carreiras
de botões. O acompanhamento é realizado por regional – cavaquinho, violões e
percussão, com destaque para o violeiro oculto, devido à ausência de ficha
técnica.” Disponível em: http://www.forroemvinil.com/pedro-sertanejo-uniao-dos-palmares/ acesso
em ago 2015
Em 29 de agosto de 2015, com a colaboração de
Abílio Neto o site WWW.forró em vinyl postou um texto em homenagem a
Pedro Sertanejo, no qual revela:
Pedro
Sertanejo é uma lenda do forró! Menino pobre, chegou da Bahia a São Paulo para
vencer na vida e se tornar um ídolo. Foi grande tocador de fole de botão, ótimo
compositor, afinador de sanfonas, produtor de discos e radialista, pois tinha
um programa de rádio assim como Ivan Ferraz, Ivan Bulhões, J. Luna, Elias
Lourenço e outros no Nordeste. Além disso, foi dono da gravadora Cantagalo e de
uma casa de forró: Forró de Pedro Sertanejo.
O forró em São
Paulo só cresceu graças a ele porque teve a coragem de em 1966 fundar o forró
que levava seu nome, ali no Brás, na rua Catumbi, 183. Todos os grandes nomes
do gênero tocaram lá. Era uma casa feita pros nordestinos. Aquelas branquinhas
paulistas de bochechinhas rosadas não visitavam sua casa de shows porque, naquela
época, forró era sinônimo de paraíba, de peixeira, de briga, coisa de gente sem
instrução, sem nível, que ia do Nordeste pra São Paulo a fim de fugir da seca e
não morrer de fome e sede. O forró sofreu forte preconceito. Ainda hoje sofre!
Pedro foi um
visionário. A sua gravadora Cantagalo foi fundada para que ele desse impulso à
sua carreira, mas também para auxiliar muita gente de talento do Nordeste que
não tinha voz nem vez nas grandes gravadoras. Dominguinhos começou a gravar lá.
Camarão, Zé Gonzaga, Geraldo Correia, Ary Lobo e Anastácia também fizeram
discos com Pedro. Até Jackson do Pandeiro! Só Luiz Gonzaga e Marinês não
gravaram na Cantagalo.
Da visão de
Pedro foi que veio o impulso para que o filho Oswaldinho estudasse música
clássica por treze anos e tivesse mestres como Paulo Feolla e Dante D’Alonzo. O
reconhecido talento do filho lhe rendeu uma bolsa de estudos no exigente
Conservatório Dante de Milão. Hoje, os grandes nomes do acordeom espalhados
pelo mundo afora lhe rendem homenagens. Oswaldinho é a maior obra de Pedro
Sertanejo!
Se Pedro
Sertanejo não tivesse composto as mais de quinhentas músicas que fez, só duas
bastariam para inscrever seu nome na galeria dos grandes compositores de forró.
Os forrós “Rato Molhado” e “Roseira do Norte” são verdadeiras antologias do
gênero. O primeiro fez sozinho e o segundo em companhia de Zé Gonzaga.
Hoje, pouca
gente fala no pai de Oswaldinho. Está condenado ao esquecimento como muitos
outros. Mas alguns insistentes como eu não deixam cair a peteca e com a bênção
do Portal RN em Rede, seu nome vai à praça de novo. Aquecidas as lembranças, só
falta escutar a sua mais famosa composição, “Rato Molhado”, música essa que
mereceu uma resposta de um cabra de Serra Talhada, também grande sanfoneiro de
oito baixos, em composição de Luiz Moreno. Esse outro aí é que está esquecido
mesmo, mas é tema para outra postagem. Disponível em: http://www.forroemvinil.com/texto-pedro-de-almeida-e-silva-originario-do-sertao-baiano-foi-um-dos-pais-do-forro/ Acesso
em 01 set 2015.
No disco de 1973, sob o nome “Na onda do forró”,
traz a faixa 04 em homenagem a Euclides da Cunha, sua cidade natal, a qual lhe
deve uma justa homenagem.
PROJETO ABERTO:
Criar em Euclides da Cunha um espaço no modelo do
que foi a Casa de Forró Pedro Sertanejo na rua Catumbi, no Belenzinho, em são
Paulo, nos anos 60 a 80. No Espaço que será chamado “Forró Pedro Sertanejo”
terá um palco fixo, sistema de som e iluminação, e servirá para revitalização
do forró-pé-de-serra, abrindo espaço para os artistas locais e da região.
A Casa de Forró será o espaço para apresentação
de músicos locais e da região, novos e veteranos, e servirá como espaço para
divulgação artística dos mesmos, ao tempo em que será um espaço de convivência
para a população euclidense.
A entrada na Casa será por cobrança de ingresso a
preço a ser estabelecido pela direção da Casa da Cultura e parte o montante
será utilizado para rateio entre os músicos que se apresentarem na noite, a
título de incentivo.
A Casa de Forró será vinculada à Casa da Cultura
e funcionará nos finais de semana e servirá como espaço de convivência da
cultura sertaneja e local, já que em Euclides da Cunha e região são muitos os
artistas forrozeiros que não encontram espaço para divulgar a sua arte.
A Casa de Forró Pedro Sertanejo poderá ser
construida, mas também pode ser criada a partir de termo de colaboração com
instituições desativadas e/ou extintas a exemplo do Espaço Acre, Grêmio
Cultural e Recreativo e Hotel do Conselheiro, desativado há anos e pertencente
à Secretaria de Turismo do Estado da Bahia.
Na Casa de Forró, como era em São Paulo, além do
show ao vivo, e do salão para dançar, frequentador terá a oportunidade de
saborear pratos da comida típica do sertão, como buchada, dobradinha,
sarapatel, cuscuz com tripa, pirão, carne seca, carne do sol com aipim, arroz
doce, tapioca, manuê, pinga e outros itens da culinária, etc. Os vendedores das
comidas pagarão ao fundo da casa um valor estipulado pela administração, a
título de contribuição para manutenção do espaço. As despesas com água,
energia, bem como equipe técnica deverão ser previstas no orçamento da
Diretoria de Cultura.
Outras sugestões:
Criar a sala Pedro Sertanejo na Casa da Cultura
de Euclides da Cunha de modo a divulgar a programação da Casa de forró bem como
revitalizar a memória de Pedro Sertanejo:
A sala poderá ter as características de uma sala
de casa simples sertaneja, com objetos relacionados à vida euclidense dos anos
60, período em que Pedro Sertanejo se tornou músico profissional de forró;
A sala poderá ter exposição de objetos
relacionados à Cultura Nordestina, ao forró, discos de Pedro Sertanejo,
equipamento de som para reprodução musical, revistas com matérias sobre o
músico, fotos, etc.;
Criar a data comemorativa do dia 26 de abril,
data do seu nascimento, sendo que no 4º sábado do mês de abril de todo ano o
município realizará um evento/festival com sanfoneiros locais para tocar a obra
de Pedro Sertanejo em sua homenagem e servir como pré São João e favorecer a
participação dos sanfoneiros locais em stand armado na Praça da Juventude;
Fomentar a pesquisa escolar sobre a vida de Pedro
Sertanejo, sobre o instrumento Acordeão, sobre o forró, sobre a cultura
nordestina, bem como festivais de sanfoneiros mirins ou jovens, de modo a fazer
renascer a cultura da sanfona em Euclides da Cunha;
Criar um acervo digital com todos os discos de
Pedro Sertanejo para que todos possam acessar e ouvir as músicas via internet e
também nas visitações da Casa de Cultura;
Produzir documentário sobre a vida de Pedro
Sertanejo no período em que viveu aqui e com depoimentos de conterrâneos vivos,
a exemplo de Rato Branco, etc.
Criar uma Rádio comunitária para divulgação da
cultura nordestina, sendo a mesma exclusiva para a produção local de artistas
de forró-pé-de-serra.
REFERÊNCIAS:
Pedro Sertanejo.
Disponível em: http://www.forroemvinil.com/pedro-sertanejo-uniao-dos-palmares/ acesso
em ago 2015.
Pedro Sertanejo.
Disponível em: http://www.forroemvinil.com/texto-pedro-de-almeida-e-silva-originario-do-sertao-baiano-foi-um-dos-pais-do-forro/ Acesso
em 01 set 2015.
Pedro Sertanejo. Disponível em: http://www.dicionariompb.com.br/pedro-sertanejo Acesso
em Ago 2015.
Pedro Sertanejo.
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Sertanejo Acesso
em ago 2015.
Fole de 8 baixos. Disponível
em: https://www.youtube.com/channel/UCkLRCGzS0FDjMHTKmwSP5qQ Acesso
em jan 2016.
PAES, Jurema Mascarenhas. (2009) São
Paulo em noite de festa: experiências culturais dos migrantes nordestinos
(1940-1990), disponível em: https://sapientia.pucsp.br/handle/handle/13134)
Acesso em jan 2016.
PAES, Jurema Mascarenhas.
(2011) O FORRÓ DE PEDRO SERTANEJO: Experiências culturais dos migrantes
nordestinos na cidade de São Paulo. Disponivel em: http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1300918036_ARQUIVO_TextooforrodePedroSertanejo.pdf Acesso
em jan 2016.
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