No dia 03 de janeiro de 1997 completa-se 20 anos da partida do grande Pedro Sertanejo para o plano espiritual, deixando o forró sem o seu maior divulgador e a cidade de Euclides da Cunha sem o seu filho mais ilustre!
Em 2017 que completaria 90 anos de idade este que foi o mais fervoroso defensor da cultura sertaneja e do forró-pé-de-serra. Pedro de Almeida e Silva, o Pedro Sertanejo, nasceu em Euclides da Cunha em 27 de abril de 1927, na região da tromba, área limítrofe hoje com Canudos e com 20 anos levou para o sudeste o forró. Compositor, instrumentista autodidata, afinador de acordeom e piano, produtor musical, empresário cultural, radialista, tudo em um único baiano, tornando-se o responsável pela inserção do forró em São Paulo nos anos 60. Criou a primeira gravadora independente de forró do país e abriu a maior casa de forró do sudeste e por mais de 20 anos deu espaço para grandes artistas do cenário nacional. Pai de Oswaldinho do Acordeom, lançou Dominguinhos, relançou Jackson do Pandeiro, Ary Lobo, Anastácia e deu espaço a Luiz Gonzaga, seu compadre e incentivador. Deixou uma extensa obra com verdadeiras obras primas do forró sertanejo e deixou o forró-pé-de-serra como um ritmo consagrado e sem se render a modismos, por isso autêntico, original na sua essência. São 20 anos da sua partida e sua memória continua viva no meio cultural no brasil e no mundo, menos na sua terra, salvo entre os mais velhos e os apreciadores do autêntico forró de raiz. Costumo dizer que Pedro Sertanejo é o rei do forró, já que Luiz Gonzaga é o rei do baião e Jackson do Pandeiro, o rei do Ritmo! Pedro Sertanejo é um euclidense que precisa se conhecido e homenageado pelo povo de sua terra, não só por ser da terra, mas por sua vida e obra e por ser o maior disseminador da cultura sertaneja de raiz, acima de tudo!
Inamar Coelho, 23/12/2016.
